Manifestação contra o museu da "tolerância"
Centenas de manifestantes palestinianos de Jerusalém participaram no passado dia 6 numa marcha de protesto junto à porta de Jaffa contra o projecto de construção de um "museu da tolerância" a ser edificado num cemitério muçulmano histórico onde estão sepultados, entre outros, os companheiros do profeta Maomé.
Quatro anos de luta por parte dos palestinianos tinham levado em 2006 ao embargo da obra, que acaba de ser autorizada, em 31 de Outubro, pelo tribunal supremo israelita.
O Centro Simon Wiesenthal está na origem do projecto, aprovado pelo governo israelita. Antes do embargo, vários esqueletos deste cemitério muçulmano já tinham começado a ser exhumados sem qualquer autorização, o que vai agora continuar a ser feito.
Este é mais um exemplo da "tolerância" de Israel que, ao longo dos anos, já transformou vários lugares históricos islâmicos de Jerusalém em lixeiras, parques de estacionamento e outras construções, numa tentativa de judaização de Jerusalém e de negação da sua herança cultural muçulmana.
(Adaptado de CAPJO-EuroPalestine, publicado em 7.11.08 em: www.europalestine.com)