O que faria se fosse palestiniano?
Referindo-se a um seu amigo israelita morto por um palestiniano de Gaza em 1955, Moshe Dayan (antigo ministro da Defesa israelita) escreveu:
". . . Hoje não podemos lançar acusações aos assassinos. Que razões temos para nos queixarmos do seu ódio intenso por nós? Estão confinados desde há oito anos nos seus campos de refugiados em Gaza e perante os seus olhos fazemos das terras e das aldeias onde eles e os seus antepassados viveram o nosso lar.
Não devemos pedir contas por este sangue derramado aos árabes [palestinianos] de Gaza, mas a nós mesmos… Façamos hoje o nosso balanço. Somos uma geração de colonos e, sem o capacete de aço e a arma de fogo, não conseguiremos plantar uma árvore ou construir uma casa… Não tenhamos receio de ver o ódio que acompanha e consome as vidas das centenas de milhares de árabes [palestinianos] que se sentam em torno de nós à espera do momento em que o nosso sangue esteja ao alcance das suas mãos." (Iron Wall, p. 101).
Também Ehud Barak (outro ministro israelita da Defesa) afirmou, respondendo à pergunta "O que faria se fosse palestiniano?":
"Se eu fosse um palestiniano com idade para isso, acabaria por aderir a uma das organizações terroristas." (Entrevistado por Gideon Levy do Ha'aretz em Março de 1998).