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SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA

Informação sobre a ocupação israelita, a resistência palestiniana e a solidariedade internacional *** email: comitepalestina@bdsportugal.org

SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA

Informação sobre a ocupação israelita, a resistência palestiniana e a solidariedade internacional *** email: comitepalestina@bdsportugal.org

Sim, é apartheid

Por Yossi Sarid

O ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter (esq.) considera o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert (dir.), o dirigente dum regime de apartheid

(…) O que é que ele [Jimmy Carter] quer de nós, esse velhaco? O que temos nós a ver com o apartheid? Uma barreira de separação é alguma vez separação? As estradas separadas para colonos judeus e para palestinianos alguma vez separam? Os enclaves palestinianos entre colonatos judeus são alguma vez bantustões?

Não há ponta de semelhança entre a África do Sul e Israel e só uma mente doentia poderia estabelecer essas sombrias ligações entre ambos. Barreiras nas estradas e inspecções a cada esquina; autorizações exigidas para o assunto mais insignificante; confisco arbitrário da terra; privilégios especiais para o uso da água; trabalho barato e pesado; criar e unir famílias por laços burocráticos – nada disto é apartheid, de qualquer modo. Tudo é uma necessidade securitário indiscutível.

Também os brancos Afrikaners tinham razões para a sua política de segregação, também eles se sentiam ameaçados – tinham o mal à porta e estavam assustados, a querer defender-se. Infelizmente, contudo, todas as boas razões para o apartheid são más razões; o apartheid tem sempre uma razão e nunca tem uma justificação. E aquilo que se comporta como apartheid, que funciona como apartheid, que reprime como apartheid, não é um pato – é apartheid. E tão-pouco resolve o problema do medo: hoje toda a gente sabe que qualquer regime de apartheid chegará ao seu fim ignominioso.

Uma diferença essencial permanece entre a África do Sul e Israel: lá, uma pequena minoria dominava uma larga maioria; aqui há quase um equilíbrio. Mas a ruptura do equilíbrio já começa a desenhar-se no horizonte. Nesse momento, o projecto sionista chegará ao fim, se não decidirmos deixar a casa dos escravos antes de sermos atingidos por uma praga demográfica fatal.

É inteiramente claro porquê a palavra apartheid nos aterroriza. O que devia aterrorizar-nos, contudo, não é a descrição da realidade, e sim a própria realidade. Mesmo Ehud Olmert compreendeu finalmente que manter a actual situação significa o fim do Estado judeu democrático, como ele disse recentemente (…) 

Fonte: www.haaretz.com, 26.04.08

Mais mortos na Faixa de Gaza

Um raid aéreo do exército israelita fez hoje pelo menos uma quinzena de mortos na Faixa de Gaza, entre os quais uma criança e um operador de câmara da agência Reuteurs. Fadal Shanaa, o cameraman de 24 anos, que filmava para a Reuteurs os tanques israelitas, foi morto no centro de Gaza, embora fosse identificável como jornalista. Um palestiniano de 67 anos e 5 crianças fazem parte das vítimas.

Este tipo de ataque são as “represálias” do governo israelita ao lançamento de rockets por parte dos militantes do Hamas; rockets – é bom saber – de fabrico artesanal, que fazem mais vítimas entre os palestinianos que os fabricam e lançam do que entre israelitas.

Será que Israel espera poder matar um milhão e meio de Palestinianos que tomou como reféns e persegue com a cumplicidade dos nossos dirigentes?

CAPJPo-EuroPalestine, 18 de Abril de 2008

Detenção do coordenador d e uma Associação de resistência não-violenta

Moussa Abu Maria, coordenador de Palestine Solidarity Project, associação de resistência não-violenta à ocupação israelita, foi detido em sua casa, em plena noite, pelos serviços secretos israelitas.

Esta associação, com sede na aldeia de Beit Ommar, na região de Hebron, organiza regularmente acções não-violentas que juntam palestinianos, israelitas e militantes internacionais contra a construção do Muro em terras palestinianas e a destruição das casas palestinianas.

Fonte: CAPJPO-EuroPalestine, 12-04-2008

Israel mobiliza-se contra as ameaças de paz:

Os empregados de uma rádio pacifista têm termo de residência fixa

 

«As autoridades palestinianas decretaram termo de residência fixa a sete empregados de uma rádio com sede em Ramallah, que milita pela paz entre israelitas e palestinianos», relata a agência AP. «Três dias antes, a polícia já tinha fechado o local de RAM-FM em Jerusalém.

No decorrer dessa intervenção, na segunda-feira, o material de difusão tinha sido apreendido com o pretexto de que a estação emitia sem licença. Sete empregados tinham passado a noite na prisão.

O chefe de redacção de RAM-FM afirmou na quarta-feira 3 que os sete empregados tinham recebido termo de residência fixa durante toda a semana e que estavam proibidos de falar com qualquer pessoa que não fosse das suas relações próximas. Na semana seguinte, puderam sair de casa mas estavam proibidos de ir trabalhar ou de falar com os seus colegas.

O ministro israelita da Comunicação afirmou que o termo de residência das pessoas que trabalham em rádios piratas era um procedimento corrente, tanto mais que podiam, na sua opinião, perturbar as comunicações do aeroporto internacional. Assegurou que isto não tinha nada a ver com a orientação de RAM-FM.

A estação afirma ter obtido uma frequência de difusão da Autoridade Palestiniana com o acordo de Israel. A Associação da imprensa estrangeira, que representa os organismos de imprensa operando em Israel e nos territórios palestinianos, pediu a libertação imediata dos empregados de RAM-FM, sublinhando que «estas detenções levantam questões sérias sobre a liberdade de expressão em Israel».

 (Fonte: CAPJPO-EuroPalestine, 9.4.08

Palestinianos retidos em checkpoint durante 16 horas

Por Akiva Eldar

O exército israelita abriu um inquérito às alegações segundo as quais 46 palestinianos foram na semana passada retidos sem motivo num check point da Margem Ocidental durante 16 horas, tendo sido furados os pneus dos seus carros. O grupo de direitos humanos Machsom Watch (que vigia a actividade do exército nos check points) apresentou ao exército uma queixa sobre o incidente.

Segundo o relatório da Machsom Watch, a guarnição do check point, situado na estrada 5, detiveram palestinianos que iam procurar trabalho, homens com idades entre os 14 e os 50 anos, por suspeita de tentarem entrar em Israel com cinco condutores suspeitos de passarem clandestinos. Os palestinianos foram detidos de manhã cedo e obrigados a ficar de pé durante horas, com o argumento de que "quando se sentam arranjam sarilhos". Eles foram impedidos de usarem as casas de banho anexas ao check point, e obrigados a fazerem as necessidades num campo descoberto, à vista de quem passava no check point. Não foram autorizados a comer e apenas receberam água. Pedidos para tomar medicamentos, para se sentarem ou para se encostarem depararam sempre com reacções de desprezo ou de indiferença dos soldados.

Além disso, os pneus dos carros dos detidos foram furados no parque de estacionamento, alguns carros foram partidos e os seus pedais gravemente danificados, segundo o inquérito.

O gabinete de porta-vozes do exército afirmou que o exército condena qualquer comportamento incorrecto e vai examinar o dossier submetido à sua consideração pela Machsom Watch.

Fonte: www. haaretz.com, 14.04.08

A colonização prossegue na Cisjordânia

Desde a cimeira de Annapolis, em 27 de Novembro de 2007, durante a qual o primeiro-ministro Ehoud Olmert se tinha comprometido a parar com a colonização, 495 prédios estão a ser construídos em 101 colonatos, denunciou a organização não governamental Paz Agora, num relatório publicado no dia 31 de Março. Trata-se precisamente de 275 novas construções, das quais 20% estão situadas a leste da “barreira de segurança” edificada em terra palestiniana, e de 220 prédios cuja edificação continuou e que estão quase prontos.

“Não são apenas construções em curso que continuaram, foram elaborados novos planos, foram lançados concursos e foram aprovados projectos” sublinha o relatório, que precisa que o ministério da Defesa israelita aprovou a construção de pelo menos 946 fogos, que 184 caravanas foram instaladas nos colonatos existentes, das quais 150 a leste da “barreira de segurança”. Este frenesim construtivo também existe nos colonatos selvagens. Entre Agosto de 2007 e Fevereiro de 2008, em 58 das 105 implantações não autorizadas pelo governo israelita, houve construções e acrescento de casas pré-fabricadas.

Para completar este quadro, Paz Agora afirma que foram lançados concursos para a construção de 750 alojamentos em Jerusalém Oriental entre Dezembro de 2007 e Março de 2008, enquanto que durante todo o ano de 2007 tinham sido construídos apenas 46. O relatório acrescenta: “Novos planos para a construção de 3.648 fogos estão a ser objecto de um inquérito de utilidade pública”.

O relatório denuncia a decisão de elevar a município o colonato de Modi'in Illit, construído depois dos acordos de Oslo de 1993 em terras palestinianas. “Este anúncio feito discretamente é simbólico, pois vem reforçar e legitimar os colonatos”, diz a ONG […] A construção massiva à volta de Jerusalém Oriental cortará a cidade santa da Cisjordânia e impedirá a criação de um Estado palestiniano com Jerusalém Oriental como capital”. O relatório mostra que as autoridades israelitas estão a completar a cintura de colonatos que isolará totalmente a cidade santa da Cisjordânia. Já só falta um sector, a zona chamada E1, para que o cerco esteja completo.

 

Michel Bôle-Richard, correspondente do Le Monde em Jerusalem, 1.4.08

 

 

 

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