Está a decorrer a partir do dia 1 de Março a semana internacional contra o apartheid israelita. A iniciativa partiu em 2005 da Universidade de Toronto, no Canadá, e rapidamente se converteu numa campanha internacional.
Em 2009, com a recordação do massacre de Gaza ainda fresca, começa bem, com o cancelamento dos intercâmbios de estudantes entre a Unviersidade de São Paulo e a Universidade de Tel Aviv. O secretário do PT brasileiro para as relações exteriores, Valter Pomar, justificou o cancelamento afirmando que “seria adequado aplicar ao governo israelita o mesmo tratamento que o governo de apartheid da África do Sul recebeu”.
Por outro lado, as universidades canadianas de Ottawa e de Carleton vão ter de justificar-se por terem proibido, na semana passada, um poster representando uma criança palestiniana diante dum bombardeiro israelita. A semana anti-apartheid começa aí com a crítica de estudantes que vêem na proibição “uma violação da liberdade de expressão de estudantes que falam sobre direitos humanos”.
O Irão solicitou formalmente à Interpol a emissão de mandados de captura internacionais contra 15 responsáveis israelitas suspeitos de terem perpetrado crimes de guerra. Segundo o procurador-geral iraniano, Saeed Mortazavi, há 34 oficiais israelitas e 115 outros indivíduos arguidos de “crimes de guerra, invasão, ocupação, genocídio e crimes contra a humanidade” e desse total foram solicitadas 15 detenções.
Também a Liga Árabe enviou à Faixa de Gaza uma comissão de seis peritos, para investigarem os crimes de guerra israelitas durante a recente ofensiva contra Gaza. Espera-se o relatório da comissão, após contactos que realizou durante uma semana com sobreviventes e familiares de vítimas, médicos e representantes de ONGs.
Por outro lado, o juiz espanhol Fernando Andreu decidiu manter as acusações contra o ex-ministro israelita da “Defesa” Ben-Eliezer, o chefe supremo das Forças Armadas, Dan Halutz, e outros, depois de ter enviado um pedido de esclarecimento ao Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita e de ter obtido uma resposta confirmando que não está prevista qualquer investigação israelita sobre um crime de guerra cometido em 2002. Na ocasião, ao proceder ao “assassínio selectivo” do dirigente do Hamas Salah Shehadeh, a força aérea israelita lançara uma bomba de uma tonelada num quarteirão da cidade de Gaza causando dezenas de feridos e 14 mortos civis, entre eles 9 crianças.