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SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA

Informação sobre a ocupação israelita, a resistência palestiniana e a solidariedade internacional *** email: comitepalestina@bdsportugal.org

SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA

Informação sobre a ocupação israelita, a resistência palestiniana e a solidariedade internacional *** email: comitepalestina@bdsportugal.org

Palestinianos discrimnados na partilha da água - segundo relatório do Banco Mundial

A conferência da ONU sobre o racismo, além dos exemplos relativos à discriminação dos palestinianos em matéria de política de emprego, está confrontada com vários outros exemplos de importância vital. Um deles diz respeito à discriminação no abastecimento de água. O diário israelita Haaretz publicou hoje o artigo seguinte do seu correspondente, Avi Issacharoff:

 

 

O regime de abastecimento de água usado por Israel e pelos palestinianos tem de ser mudado, segundo um relatório do Banco Mundial que vai ser hoje publicado.

 

O relatório oserva que um israelita médio recebe quatro vezes mais água do que um palestiniano médio e adverte que o sistema de água da Autoridade Palestiniana se "aproxima da catástrofe".

 

Conclui com a recomendação de que o actual entendimento para a distribuição de água, incluído nos acordos de Oslo II, seja alterado para melhorar o sistema palestiniano.

 

O relatório, requerido pela Autoridade Palestiniana, pode tornar-se especialmente problemático para Israel devido à crise de água a nível regional. O acordo entre as duas partes é assimétrico e exacerba grandemente a crise no que diz respeito aos palestinianos.

 

Este é o primeiro documento do género apresentado pelo Banco Mundial sobre o uso de água israelita e palestiniano.

 

Segundo o relatório, o entendimento alcançado em Oslo não serve para satisfazer as necessidades dos civis palestinianos.

 

A desigual partilha de recursos, bem como as limitações à informação relativa ao abastecimento regional de água, têm impedido os palestinianos de desenvolver os recursos aquíferos - um problema que é agravado pela fraqueza das instituições de governo palestinianas.

 

O relatório diz que isto conduziu a uma situação de emergência com graves ramificações na economia, na sociedade e na ecologia da Autoridade Palestiniana. As crises humanitárias relacionadas com a água são frequentes em partes da Margem Ocidental e de Gaza.

 

O relatório afirma que os palestinianos têm acesso a apenas um quinto do total de abastecimento de água, que Israel extrai o resto, preenchendo a quota que lhe está atribuída sem a necessária autorização do comité conjunto para a água instituído pelos acordos de Oslo.

 

A sobre-extracção do aquífero cria um perigo de excesso de salinidade, afirma o relatório.

 

O relatório observa também que os palestinianos cavam poços comparativamente pouco profundos, devido à perfuração muito mais profunda dos israelitas.

 

Segundo o Banco Mundial, Israel tem uma distirbuição e euma gestão de água satisfatórias, ao passo que a Autoridade Palestiniana luta para manter uma infraestrutura mínima com meios financeiros mínimos. Em Gaza, o escasso investimento em água e na rede sanitária conduziu a uma falta de controlo de qualidade da água, com graves riscos para a saúde pública.

 

Fonte: http://www.haaretz.com/hasen/spages/1079405.html

 

Discriminação racista contra ferroviários palestinianos-israelitas

 

No dia em que a conferência da ONU contra o racismo, também chamada "Durban II", abre em Genebra, boicotada pelas potências responsáveis de alguns dos maiores genocídios da História, e sob a ameaça de novos boicotes se Israel for alvo da menor crítica, tem toda a pertinência a informação que nos chegou através do site http://www.labourstart.org/. Ei-la aqui.

 

 

Em Março de 2009, os caminhos-de-ferro israelitas, uma empresa pública, deu início a uma nova política recusando emprego aos guardas ferroviários que não tenahm licença de porte de arma - isto é: aqueles que não tenham feito o serviço militar no exército israelita. Esta política conduzirá ao despedimento de aproximadamente 150 ferroviários árabes, que fazem a vigilância e manutenção das passagens de nível de Israel. A empresa declarou explicitamente que a nova política se destina a favorecer o emprego de jovens veteranos do exército.

 

Os cidadãos árabes-palestinianos de Israel sempre estiveram extremamente sub-representados no sector público do país (incluindo em companhia de propriedade estatal) e, apesar de existirem leis anti-discriminação, constituem apenas 5% dos trabalhadores do Estado, ao passo que constituem quase 20% do total da população. A exclusão dos árabes no sector público resulta principalmente da política de segurança israelita, que afasta os árabes que não tenham feito o serviço militar, e portanto recusa, a quem não tenha licença de porte de arma, o acesso à administração e serviços públicos (tais como: comunicação, água, eletricidade, transportes públicos, bombeiros, etc.). Esta priorização da segurança do Estado reflecte-se também nas biografias dos funcionários executivos das companhias israelitas de propriedade estatal. Yitzhak ‘Haki’ Harel, o administrador-geral dos caminhos-de-ferro israelitas. por exemplo, é major-general do exército israelita (IDF), reformado em Agosto de 2006, pouco depois da guerra de Julho no Líbano, e dirige a empresa desde 2007.

 

A nova política da empresa é um exemplo revelador do modo em que os trabalhadores árabes são sistematicamente excluídos do mercado de trabalho israelita: em primeiro lugar, mostra como a segurança do Estado tem prioridade absoluta sobre a segurança individual e sobre a segurança na política de emprego israelita; em segundo lugar, revela que estas preocupações de segurança são utilizadas para camuflar uma dualidade de critérios a favor dos trabalhadores judeus israelitas porque a) o trabalho de guardar passagens de nível não exigia até agora o porte de armas; b) outros trabalhadores ferroviários, como os maquinistas, não são afectados pela nova política, e c) alguns postos de trabalho são reservados às "minorias que não fizeram o serviço militar" Isto autoriza a conclusão de que o serviço militar é de facto uma condição de emprego irrelevante. Aqui deve tam´bém ser observado que a nova política exlcui imigrantes recentes, judeus ultra-ortodoxos, pessoas portadoras de deficiência e objectores de consciência.

 

Em 7 de Abril de 2009, o Tribunal de Trabalho de Tel-Aviv suspendeu o despedimento dos ferroviários até à audiência seguinte, de 19 de Abril. No entanto, os trabalhadores disseram em resposta a uma investigação de Sawt el-Amel que a empresa já tinha começado a recrutar novos guardas de passagens de nível. Em 8 de Abril de 2009, a empresa respondeu a essa investigação reafirmando que a decisão política ss baseia em "considerações práticas e de segurança" e não pretende "discriminar minorias".

 

Globalmente, a nova política de emprego da empresa deve ser vista como um prolongamento da estratégia israelita de longo prazo para excluir os trabalhadores árabes do mercado de trabalho e como um atentado contra todos os grupos social e economicamente marginalizados em tempos de crescente crise económica. 

 

O que podemos fazer:

 

1) Subscrever o apelo (vd. abaixo, juntar a assinatura e enviar para: laborers@laborers-voice.org)

 

 

2) Reencaminhar o apelo para colegas e amigos

 

 

3) Encorajar a sua organização sindical a subscrever o apelo, juntando também ao e-mail o logotipo da sua organização sindical 

 

4) Escrever uma carta de protesto aos caminhos-de-ferro israelitas 

 

Copy-paste o modelo de carta abaixo e escreva a sua própria mensagem para:

 

 

Yitzhak Harel, CEO

 

Israel Railways

 

Fax: +972 (0)3 6937480

 

Email: pniyot@rail.co.il

 

 

Com cópia para Sawt el-Amel:

 

 

Sawt el-Amel

 

Email: laborers@laborers-voice.org

 

Fax: +972 (0)4 6080917

 

 

Modelo de carta para Israel Railways:

 

 

Dear Mr. Yitzhak Harel,

 

 

I am concerned about Israel Railways’ new policy requiring army service and weapons training as an employment condition for guards at level crossings. Since Arab citizens of Israel are exempt from obligatory army service, it can be assumed that all or most Arab crossing guards will be laid off as a consequence of this policy decision.

 

 

This contradicts the fundamental right of workers to equality and non-discrimination in employment, and consequently, the policy should be revised.

 

 

I would much appreciate to hear your position on this issue.

 

 

Sincerely,

 

 

 

Signatários até à data:

 

 

Organisations:

 

Sawt el-Amel/The Laborer’s Voice

 

Intal, Belgium

 

Association Tutti-Frutti International Développement Solidarté, France

 

UNISON (the public service trade union), U.K.

 

Brighton & Hove District Trades Union Council, U.K.

 

Brighton & Hove UNISON Local Government, U.K.

 

Brighton & Hove Unemployed Workers Centre, U.K.

 

New York City Labor Against the War, U.S.A.

 

PGFTU - Palestine General Federation of Trade Unions, Palestine

 

Isle of Wight Friends of Palestine, U.K.

 

Unión Sindical Obrera (USO), Spain,

 

Comité de Solidaridad con la Causa Árabe, Spain

 

Acre Women

 

 

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