Olmert e Livni podem ser acusados de crimes de guerra na Noruega
O ex-primeiro-ministro Ehud Olmert e a dirigente da oposição Tzipi Livni podem ter de enfrentar um processo por crimes dae guerra na Noruega respeitante ao papel de Israel na ofensiva conta o Hamas em Gaza, segundo ontem referiu a AFP.
A agência noticiosa disse que seis advogados noruegueses anunciaram na 3ª feira planos para acusar dos crimes os dois políticos, bem como o ministro da Defesa Ehud Barak e sete oficiais israelitas de alta patente.
Os advogados, que tencionam apresentar a queixa ao procurador-geral norueguês, foram citados a dizer que também pediriam a detenção e extradição dos dirigentes israelitas.
Segundo o código penal norueguês, os tribunais do país podem julgar casos que envolvam crimes de guerra ou violações graves dos direitos humanos.
Os advogados emitiram uma declaração citada pela AFP acusando Israel de "ataques terroristas massivos" na Faixa de Gaza desde 27 de Dezembro do ano passado até 25 de Janeiro, matando civis, usando ilegalmente armas contra alvos civis e atacando propositadamente hospitais e pessoal médico.
"Não pode haver dúvidas de que estes indivíduos sabiam, deram ordens ou aprovaram as acções em Gaza e de que conheciam as consequências dessas acções", afirma a declaração dos advogados.
Também se afirma aí que os advogados representam pessoas residentes na Noruega.
"O processo envolve três pessoas de origem palestiniana residentes na Noruega e 20 famílias que perderam parentes ou bens durante a ofensiva", disse à AFP um dos advogados, Kjell Brygfjeld.
O objectivo israelita alegado durante a ofensiva de três semanas era o de pôr cobro aos ataques de morteiros através da fronteira de Gaza.
Funcionários de Gaza afirmaram que mais de 1.300 palestinianos morreram durante a campanha, a maioria dos quais civis. Mas o exército israelita contesta esta afirmações, afirmando que a grande maioria dos mortos eram militantes do Hamas.
http://www.haaretz.com/hasen/spages/1080189.html