Intensifica-se a repressão em Gaza e na Cisjordânia
A pretexto do desaparecimento, no dia 12 de Junho, de três jovens colonos em território palestiniano, o exército israelita desencadeou uma vaga de repressão e de raptos, que já causaram vários mortos e a detenção de mais de 400 palestinianos, entre os quais vários deputados e antigos ministros.
A repressão estendeu-se aos prisioneiros palestinianos, que viram as suas condições de detenção agravar-se.
Embora nenhuma organização tenha reivindicado o presumível rapto dos três colonos e Israel não detenha nenhuma prova de que tenha havido palestinianos implicados no desaparecimento, as forças de ocupação têm usado o seu habitual método de punição colectiva para semear o terror e pressionar a Autoridade Palestiniana (AP) a romper o seu acordo com o Hamas.
O colaboracionismo da AP na “coordenação da segurança”
Colaborando com o exército israelita, a polícia de Mahmud Abbas reprimiu violentamente uma manifestação pacífica em Hebron, de apoio aos presos em greve da fome.
São cerca de 120, a entrar no 3º mês de greve contra a “detenção administrativa”, isto é, sem acusação formada nem julgamento.
A polícia da Autoridade Palestiniana atacou os manifestantes, na maioria familiares dos presos, espancou homens e mulheres e fez várias detenções.
A “comunidade internacional” e Israel
No preciso momento em que as forças de ocupação intensificam a repressão, invadindo campos de refugiados, destruindo casas particulares de palestinianos, atacando, detendo e torturando homens, mulheres e crianças; no momento em que se intensifica a construção de mais colonatos, é um israelita, Mordehai Amohai, que acaba de ser eleito como vice-presidente da 4ª Comissão das Nações Unidas para as questões da... descolonização.