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SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA

Informação sobre a ocupação israelita, a resistência palestiniana e a solidariedade internacional *** email: comitepalestina@bdsportugal.org

SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA

Informação sobre a ocupação israelita, a resistência palestiniana e a solidariedade internacional *** email: comitepalestina@bdsportugal.org

É PRECISO TRAVAR A ESCALADA DE VIOLÊNCIA DO APARTHEID ISRAELITA

Dezoito dias após o desaparecimento de três jovens colonos perto de Hebron, os seus corpos foram encontrados na segunda-feira desta semana.

Ninguém até hoje reivindicou o presumível rapto e assassinato. Mas Israel já tem o seu culpado: "O Hamas vai pagar", disse Netanyahu quase imediatamente após a descoberta. O ministro israelita da Economia reclamou mesmo a execução de presos palestinianos que estejam acusados de crimes de sangue.

 

É que em Israel as investigações e os tribunais são supérfluos, quando as vítimas são israelitas, mesmo quando elas não são quaisquer israelitas: embora a imprensa goste de falar dos "jovens", "adolescentes", "estudantes" israelitas, a verdade é que a característica mais importante destas três vítimas é a de serem colonos, instalados nas terras roubadas pela força das armas aos seus habitantes. Só desde 2000 já foram mortas 1.500 crianças palestinianas pelas forças de ocupação.

 

O terror agora anunciado por Netanyahu não esperou, aliás, pela descoberta dos cadáveres; ele começou logo a seguir à notícia do desaparecimento dos três colonos e ao longo de quase três semanas de busca num território reduzido e completamente controlado pelas forças de ocupação. Só nos últimos dias tinham sido assassinados 12 palestinianos, metade crianças. Mais de 500 palestinianos tinham sido detidos. A partir da segunda-feira, o castigo colectivo agravou-se, com a intensificação dos bombardeamentos sobre Gaza; a destruição das casas de dois palestinianos "suspeitos"; a morte de um rapaz de 16 anos abatido a tiro em Jenin, as incursões de soldados e colonos em Hebron. A reacção do governo israelita desencadeou autênticos pogroms organizados pelos colonos e suas milícias armadas contra a população palestiniana. Ontem foi raptado, torturado e assassinado pelos colonos mais um adolescente palestiniano.

 

O governo israelita sempre encontrou os seus pretextos - tão facilmente aceites pela maioria dos governos no mundo - para dizer que a paz é impossível na Palestina. Qualquer acto de violência do lado palestiniano lhe serve para acusar o Hamas e justificar o terror sobre uma população inteira. O recente acordo de entendimento político entre a Autoridade Palestiniana e o Hamas é inaceitável para Israel, que procura por todos os meios a ruptura entre os dois partidos palestinianos. E é especialmente preocupante para Israel o facto de ganhar cada vez mais adesão internacional a campanha BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) que ameaça a própria existência do seu regime de apartheid e limpeza étnica. 

 

O comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, publicado hoje, anunciando a adesão do governo português às recomendações da União Europeia para dissuadir qualquer tipo de actividade nos colonatos ou de relações com entidades que neles actuem mostra bem a importância que está a tomar essa campanha.

 

O Comité de Solidariedade com a Palestina, 3 de julho de 2014

Governo português adverte contra estabelecimento de relações com os colonatos israelitas

O governo português juntou-se oficialmente aos países europeus que aderiram às recomendações da União Europeia para prevenir os seus cidadãos contra qualquer relação com os colonatos israelitas na Palestina.
Perante a opinião pública, torna-se cada vez mais difícil para estes países continuarem calados perante os crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pelo Estado de Israel.
 
Aqui transcrevemos o comunicado, publicado no dia 2 de julho pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português:

 

 

A União Europeia (UE) e os seus Estados Membros consideram que os colonatos israelitas são ilegais à luz do Direito Internacional, constituem um obstáculo à paz e ameaçam impossibilitar a solução de dois estados para pôr fim ao conflito israelo-palestiniano. A UE e os seus Estados Membros não reconhecerão quaisquer alterações às fronteiras anteriores a 1967, inclusive no que diz respeito a Jerusalém, que não sejam acordadas pelas partes. A Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, Gaza e os Montes Golan são territórios ocupados por Israel desde 1967.

Face a essa situação, a UE e os seus Estados Membros chamam a atenção dos seus cidadãos e das suas empresas para os riscos que envolve o desenvolvimento de atividades económicas e financeiras nos colonatos. Transações financeiras,
investimentos, aquisições, contratos, bem como outras atividades económicas (incluindo em serviços como o turismo) nos colonatos israelitas ou que beneficiem os colonatos israelitas acarretam riscos económicos e legais decorrentes do facto dos colonatos estarem, de acordo com o Direito Internacional, construídos em territórios ocupados e não serem reconhecidos como parte legítima do território israelita. Tal pode dar origem a disputas de títulos de propriedade de terras, água, minérios ou outros recursos naturais que possam ser objecto de compra ou investimento.

Possíveis violações do Direito Humanitário Internacional e de Direitos Humanos também deverão ser tidos em conta. Potenciais compradores e investidores devem estar informados que um futuro acordo de paz entre Israel e os Palestinianos, ou entre Israel e a Síria, poderá vir a ter consequências para as propriedades que adquiram ou para as atividades económicas que promovam nos colonatos. Em caso de diferendo, poderá ser muito difícil para os
Estados Membros garantirem a proteção dos seus interesses.

Os cidadãos europeus e as empresas devem igualmente estar cientes das possíveis implicações em termos de reputação pelo envolvimento em atividades económicas e financeiras nos colonatos. Os cidadãos e as empresas europeias que pretendam envolver-se económica ou financeiramente nos colonatos devem previamente procurar aconselhamento jurídico apropriado.

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