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SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA

Informação sobre a ocupação israelita, a resistência palestiniana e a solidariedade internacional *** email: comitepalestina@bdsportugal.org

SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA

Informação sobre a ocupação israelita, a resistência palestiniana e a solidariedade internacional *** email: comitepalestina@bdsportugal.org

Manipulação e desonestidade para permitir a participação de Tzipi Livni

A organização do 10º fórum global da United Nations Alliance of Civilizations (UNAOC), recorreu à manipulação e à desonestidade para enganar o público e permitir a participação da criminosa de guerra e antiga ministra dos Negócios Estrangeiros israelita, Tzipi Livni, esta tarde no Estoril.
 
Depois de o Comité de Solidariedade com a Palestina ter denunciado publicamente a participação de Livni neste evento e de vários colectivos terem convocado um protesto para esta tarde à porta do mesmo, a organização do fórum recorreu a manobras de diversão para ludibriar os activistas em solidariedade com a Palestina, fazendo-os acreditar que Livni já não iria participar, o que posteriormente percebemos ser mentira. 

Entre estas manobras estão a retirada do nome e de todas as referências a Livni da programação e do site do Fórum e o apagar das publicações das redes sociais onde apareciam o nome e fotografia onde a ex-ministra israelita e criminosa de guerra aparecia ao lado de Rangel (ver aqui o arquivo do site do evento, onde Livni inicialmente aparecia, e foi retirada e em anexo a imagem de promoção divulgada e depois retirada das redes sociais). As manobras da organização levaram a que o movimento de solidariedade com a Palestina cancelasse o protesto marcado para esta tarde em frente ao Centro de Congressos do Estoril.
 
Livni é ex-agente da Mossad e ex-ministra em vários governos Israelitas. Segundo a sua própria admissão, ela participou no planeamento da guerra contra Gaza em 2008/9. Em janeiro de 2009, disse aos meios de comunicação israelitas: “Israel demonstrou um verdadeiro hooliganismo no decurso da recente operação, que eu exigi”. Além disso, o Relatório Goldstone, o inquérito independente da ONU, também cita Livni afirmando que: “Israel … é um país que, quando disparam contra os seus cidadãos, responde de forma selvagem e isso é uma coisa boa”. 

Devido à sua participação nas agressões, Livni foi acusada de crimes de guerra por várias autoridades judiciais independentes no Reino Unido, na Bélgica e na Suíça. Em 2009 foi-lhe emitido um mandado de captura no Reino Unido por crimes de guerra em Gaza. Em 2016, Livni foi convocada para um interrogatório pela polícia britânica sobre o seu envolvimento em crimes de guerra em Gaza. Em 2017, Livni cancelou uma viagem a Bruxelas depois de ser avisada de que seria interrogada pela polícia pelo seu envolvimento em crimes de guerra contra o povo palestiniano. Também em 2017, o procurador-geral da Suíça iniciou uma investigação à ex-ministra israelita por crimes de guerra.

Condenamos veementemente a manipulação operada pela organização, da qual o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, não se pode dissociar, para permitir a participação discreta de uma criminosa de guerra numa conferência onde se pretendia falar de “paz”. Esta manipulação serviu apenas o propósito de enganar o público e é mais uma prova de que estas instituições continuarão a fazer de tudo para silenciar quem protesta contra o genocídio israelita contra o povo palestiniano em Gaza e para proteger e permitir a normalização e o branqueamento de criminosos de guerra israelitas.
 
Continuaremos a lutar, com convicção redobrada, pela responsabilização de todos os que permitiram esta situação, nomeadamente o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e o subsecretário-geral e alto representante da UNAOC, Miguel Ángel Moratinos, cúmplices no branqueamento dos crimes de guerra israelitas contra o povo palestiniano. 
 
Continuaremos a apelar à pressão sobre as autoridades portuguesas para que Portugal cumpra as suas obrigações para com o direito internacional e nacional, nomeadamente pelo fim da cumplicidade de Portugal com o regime de apartheid israelita, e pela emissão de mandados de detenção contra todos os envolvidos no genocídio, no apartheid e na ocupação israelita da Palestina que estejam em território português.

26 de novembro de 2024,
Comité de Solidariedade com a Palestina

Comunicado sobre a participação da criminosa de guerra Tzipi Livni no 10º fórum global da United Nations Alliance of Civilizations, a acontecer em Cascais de 25 a 27 de novembro

Menos de uma semana após ter afirmado que iria cumprir os mandados de captura internacional emitidos pelo TPI, Portugal acolhe um evento com antiga ministra israelita envolvida em crimes de guerra contra os palestinianos e sobre a qual existe um histórico de mandados de detenção internacionais.

De 25 a 27 de novembro, Cascais acolhe o 10º fórum global da United Nations Alliance of Civilizations (UNAOC) sob o tema “United in Peace: Restoring Trust, Reshaping the Future”. Neste encontro irão participar várias figuras políticas internacionais de relevo, tal como o secretário-geral da ONU, António Guterres, o rei de Espanha e ministros de vários países, entre outros oradores e convidados. 

Entre os oradores estará Tzipi Livni, antiga agente da Mossad, ex-ministra da Justiça, dos Negócios Estrangeiros e membro do gabinete de guerra durante o bombardeamento israelita a Gaza em 2008/9.

Tzipi Livni é uma criminosa de guerra. Em 2009 foi-lhe emitido um mandado de captura no Reino Unido por crimes de guerra em Gaza. Em 2016, Livni foi convocada para um interrogatório pela polícia britânica sobre o seu envolvimento em crimes de guerra em Gaza. Em 2017, Livni cancelou uma viagem a Bruxelas depois de ser avisada de que seria interrogada pela polícia pelo seu envolvimento em crimes de guerra contra o povo palestiniano. 
 
A comissão de inquérito da ONU sobre o conflito em Gaza de 2008-2009 destacou o uso desproporcional da força por Israel, ataques deliberados contra civis e infraestrutura civil, além do bloqueio prolongado de Gaza, que causou sofrimento generalizado. Tzipi Livni, então ministra dos Negócios Estrangeiros de Israel, é mencionada pelo seu papel na formulação e defesa pública das operações militares em Gaza que, segundo o relatório, não cumpriram os princípios de distinção e proporcionalidade. Isso levantou questões sobre a sua responsabilidade política e possivelmente penal nos acontecimentos analisados.
 
Nas imagens de promoção divulgadas pela organização e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel aparece ao lado Livni. Sublinhamos a ironia desta seleção, por revelar a cumplicidade que as instituições portuguesas e internacionais continuam a manter com agentes de guerra de um estado genocida do povo palestiniano.

É inaceitável a continuação da normalização de elementos de governos israelitas envolvidos em crimes de guerra e em crimes contra a humanidade. Não aceitamos que Portugal seja palco para o branqueamento dos crimes em Gaza e na Palestina. 

Apelamos urgentemente ao governo português, ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, para que cancelem a participação de Livni nesta conferência da ONU em Portugal. 

Pedimos à polícia judiciária e outras entidades de justiça em Portugal que cumpram o seu papel no âmbito do direito internacional e emitam um mandado de captura à criminosa de guerra Tzipi Livni, à semelhança do que foi feito nos outros países europeus por crimes de guerra em Gaza. 

O Comité de Solidariedade com a Palestina
25 de novembro de 2024

DIEM25 adere ao movimento de Boicote-Desinvestimento-Sanções

O Movimento Democracia na Europa 2025, ou DIEM25, lançado pelo antigo ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, anunciou ontem publicamente o seu apoio ao BDS, "uma solução pacífica em prol dos direitos universais em Israel e na Palestina".
No seu site, o movimento declara:
 
"Os membros do DiEM25 votaram a favor do Movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) como parte do nosso compromisso para com a justiça global e em resposta à situação dramática do povo palestiniano. Há já demasiado tempo que a comunidade internacional assiste à violência sistémica, ao colonialismo e ao apartheid do governo israelita contra os palestinianos.
Apesar dos protestos globais alargados, das várias resoluções das Nações Unidas e das decisões dos tribunais internacionais, as injustiças continuam. Acreditamos que é fundamental aumentar a pressão global para acabar com estas injustiças e para promover um caminho para uma paz duradoura, tal como está delineado na nossa declaração oficial sobre a Palestina. [...]
Comprometemo-nos a apoiar o BDS, declarando o nosso movimento uma Zona Sem Apartheid, o que significa que rejeitamos qualquer cumplicidade com o apartheid israelita. Vamos participar em campanhas BDS, vamos encorajar os nossos grupos locais a colaborar com os seus homólogos do BDS e utilizaremos as nossas plataformas para ampliar as iniciativas BDS. Além disso, publicaremos conteúdos educativos, participaremos em debates na UE que apoiem o BDS e iremos mobilizar-nos contra a repressão do movimento. [...]
Ao apoiarmos o BDS, associamo-nos a um movimento global que tem despertado a consciência crítica, responsabilizado as empresas e demonstrado uma resistência eficaz ao apartheid israelita."

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