Um cessar fogo que deixa Gaza à espera que o fogo cesse, em que a França, Grã Bretanha, Egipto, a República Checa e Espanha (em nome da "comunidade internacional") deram a sua aprovação a Israel pelo trabalho feito, num prato de prata cheio de cinzas.
Antes do ataque, a vida já não era vida no Gueto de Gaza, agora vai-se ver. Ontem à noite os primeiros relatos dos jornalistas da situação em Rafah eram de calamidade. Veremos.
Com o "cessar-fogo", o trabalho torna-se tão, senão mais, importante como antes. Gaza precisará de ajuda: os Palestinos que sobrevivem têm direito a uma vida normal. O "cessar fogo" tem que acabar com o bloqueio de Gaza. Será ainda uma luta para acabar com o bloqueio e o cerco, além de mais, não há garantia que Israel páre a matança: não vamos deixar a Gaza só nessa luta.
Àqueles e àquelas que foram mobilizados pela crise desta agressão óbvia na sua barbaridade, não se enganem, não se esqueçam dos Palestinos e da Palestina. Este episódio de 23 dias foi um momento numa ocupação que dura 41 anos e a Naqba que já fez 60.
Como diz Eduardo Galleano
"Ya poca Palestina queda. Paso a paso, Israel la está borrando del mapa."