O presidente de Israel declara-se um soldado contra o movimento BDS
“Sou um soldado no vosso exército”, disse ele ao comité de dirigentes de universidades e institutos superiores com os quais se encontrou na terça-feira na residência presidencial.
O professor Peretz Lavie, presidente do comité e do Technion, instituto de tecnologia de Haifa, declarou que os membros do comité estavam muito preocupados de os boicotes académicos virem a tornarem-se bolas de neve e causarem danos estratégicos, não só à investigação académica como também à economia de Israel.
Enquanto que as actividades anti-Israel nas universidades eram periféricas no passado, declarou, agora prevalecem nos campus norte-americanos, não tanto a nível das direcções das universidades, mas sobretudo no seio das organizações de estudantes.
“Temos de tomar medidas estratégicas”, disse Rivlin.
Lavie disse a Rivlin que não havia dúvida de que o empenhamento do presidente contra os boicotes académicos tinha muito peso. O consenso entre os presentes era de que a situação está pior nos Estados Unidos do que na Europa.
[…]
O presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém, Prof. Menachem Ben Sasson, disse que o boicote é uma coisa silenciosa, porque os académicos de todo o mundo deixam de vir a conferências científicas em Israel.
Onde a BDS é eficaz, disse ele, é na área da investigação, porque a investigação raramente se faz de forma isolada, sendo sim levada a cabo em cooperação ou colaboração com académicos de outras instituições noutros países.
Se eles optam por não cooperar com Israel que é um dos países líderes da ciência mundial, “isso só irá prejudicá-los”, disse ele.
Ben-Sasson também propôs que nos seus encontros com dignitários estrangeiros Rivlin lhes diga que Israel não tolera boicotes académicos.
Disse também que académicos israelitas participantes em conferências internacionais devem reforçar os seus contactos pessoais.
Uma parte do boicote silencioso, disse o Prof. Shlomo Grosman, presidente do Ahkelon College, é a recusa de artigos escritos por académicos israelitas em publicações científicas.
O Prof. Daniel Zajfman, presidente do Instituto Científico Weizmann em Rehovot, afirmou que o boicote não é apenas contra a academia, mas também contra patrocínios académicos.
Já há sinais de que grandes companhias não querem continuar a financiar investigação académica que resultaria em produtos médicos ou científicos, disse ele, acrescentando que houve uma quebra no investimento em investigação dos cientistas do Instituto Weizmann. “Não nos explicam porquê”, disse ele.
http://www.jpost.com/Israel-News/Rivlin-I-am-a-soldier-in-the-fight-against-BDS-movement-404385